sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Como foi ser mãe ainda jovem

           
Imagem do filme "Juno", em que uma adolescente de 16 anos engravida


      Ultimamente tenho tido vários insights sobre a vida com meu filho, e acredito que até pouco tempo atrás via minha vida após sua chegada como um pedaço de tempo sem tempo pra mim ou pra me dedicar às coisas que eu realmente queria fazer ou ter feito antes de ter que me responsabilizar por alguém. Sim, eu fui mãe aos vinte e poucos anos, e não estava preparada. Nem financeira ou psicologicamente. Mas, eu queria ter um filho um dia, só não imaginava o quanto isso seria complicado de levar na realidade. Não planejei a gravidez, mas não me previni o suficiente. Acho que isso foi, nas palavras do querido Maurício Pereira, "mergulhar na surpresa". A vida pra mim tem que ter um quê de "o que será que vai acontecer amanhã?"... Sou dessas! Nem preciso explicar que não agendei cesárea nenhuma! Qual seria a graça de perder a emoção de entrar numa ambulância e sair em disparada para a maternidade?            
      Enfim, eu entendo hoje que me doei ao Acaso, esse com letra maiúscula, personificação desse evento não planejado e carregado de surpresa. Deixo avisado que sou a favor do direito da mulher a abortar, e antes de engravidar imaginava que seria coisa simples, apenas uma opção a se fazer. Porém, nosso país é contra, por vários motivos, religiosos, alguns dizem, e civis, outros alegam. Mas, a questão é que hoje eu não sei se teria feito essa escolha à época caso fosse facultado a mim. Surgiram vários medos, somados à realidade de que eu era estudante universitária ainda, sem renda nem imóvel próprio, e assim a ideia de desistir, suspender, abortar a missão, era a única saída. Mas, não houve saída senão levar adiante a gravidez. Toda família ajudou, interferiu, após a notícia, mas o corpo que cresceu, mudou, expandiu e depois voltou ao seu estado anterior foi o meu. Perdi contato com amigas da faculdade, perdi o contato comigo mesma. O pai dele e eu continuamos juntos, mas, começaram as desilusões amorosas próprias de qualquer relacionamento que se aprofunde um pouco, quanto mais com um filho! Acho que toda essa tensão não me deixou curtir a chegada do meu filho. Mas, ele chegou assim mesmo! E hoje cá estamos, ele já pelo sétimo ano de vida e eu já trintei, e tentando tocar este blog e minha carreira.
     Tudo o que se passou, resumido aqui em dois parágrafos, deixaram rastros na minha vida, e na dele também. Hoje me sinto mais realizada, pessoalmente, pois consegui um trabalho estável e concluí uns tratamentos de saúde que queria tanto realizar há tanto tempo: cirurgia ortognática e tratamento ortodôntico. Quando estamos bem, somos capazes de cuidar melhor dos outros, então, vale a pena buscar se cuidar enquanto mulher para se sentir feliz consigo mesma, porque isso reflete na forma da nossa maternagem.
     Não quero parecer defensora da "vida" como dizem várias pessoas na sociedade que desconhecem as sérias consequências do que é ter um filho sem desejar ou sem poder. Apenas trago para a perspectiva individual de uma jovem mulher como pode ser a vida quando deixamos de escolher ou escolhemos não escolher ou quando também não podemos escolher. Acredito que tenho feito o melhor que posso, e desde que ele apareceu na minha vida, eu sempre busquei melhorar por ele, e me tornei uma pessoa mais responsável. Concluí a faculdade sim, ter o filho não me impediu de conseguir. Isso tudo acredito ter me tornado mais forte, e digo, "se isso não é amor, o que mais pode ser? estou aprendendo também" (Jota Quest).
     Um grande abraço a tod@s, boas coisas com seus pequenos e pequenas! <3

quarta-feira, 29 de março de 2017

Incentivando a leitura para os pequenos

    "Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro..." Mas, o que? Cadê o livro? Onde encontrar um bom livro infantil? "Em livrarias", pensa algum leitor! Mas, calma... Hoje em dia, comprar um livro está mais simples do que no século passado. Mas, ainda assim, sempre há aquele livro mais caro, de um autor renomado, ou repleto de recursos modernos, como caixinha de som, e não são todos os pais que aceitam ou podem gastar uma quantia de dinheiro mais alta em algo para se "jogar" na prateleira.
    Felizmente, existem alternativas a esse mercado de livros! Mamães e papais podem encontrar coisas muito bacanas em sebos, lojas físicas ou virtuais, com precinhos mais camaradas. Mas, na minha opinião, a Biblioteca ainda fica em primeiro lugar, quando se trata de encontrar um bom livro, pra nós ou para os pequenos.
    Quando adolescente, eu costumava achar que a biblioteca, o reino dos livros, era um lugar mágico, e que cada livro que ali repousava possuía um mundo escondido no interior de suas páginas! Adorava entrar dentro de uma em dias chuvosos, ou dentro de um sebo que havia na cidade, com os soalhos de madeira tão aconchegantes, e as poltronas convidativas. Aquele sebo, pra falar a verdade, era quase uma biblioteca!
    Enfim, nunca é cedo pra ir a uma biblioteca com nossos filhos, pois a curiosidade inerente à idade deles poderá ser uma aliada no desenvolvimento pelo gosto da leitura, e de bons livros.
    Há uma frase circulando nas redes sociais atualmente que diz "Lei que muda muitas coisas: leitura."! Acho que é uma boa descrição do que o hábito de leitura pode fazer por uma sociedade: onde as pessoas leem, não é necessário muitas proibições e regras deslumbrantes para controlar as suas ações, pois haverá muito mais discernimento assimilado, para que a compreensão do mundo seja outra, mais rica, com mais referências e conhecimento das diferenças.
   Portanto, como dizem, 'fica a dica'! Lei tura! Leiamos!


domingo, 2 de novembro de 2014

Resenha sobre o filme "Enrolados"

     Faz alguns dias, assisti ao filminho "Enrolados" com meu filho. Gostei muito da nova roupagem dada à história da Rapunzel, a moça trancafiada numa alta torre por uma mulher má, que nunca podia ver o mundo lá fora. A história deste clássico dos irmãos Grimm refeita neste longa metragem me chamou a atenção no teor deixado subentendido por trás dos acontecimentos no enredo.
    Primeiramente, Rapunzel é filha de nobres, rei e rainha, amados por todos do reino. Esse traço político, de monarcas bondosos e aceitos e queridos pelo povo, só pode mesmo ser coisa de contos de fadas. Daí, então, vem o problema inicial da trama. Após cair um raio de sol na terra, e nascer uma flor mágica. A senhora que se utilizava desta flor para se manter viva, literalmente, e jovem também, é taxada de egoísta logo no início da narrativa, pois ela não quis dividir a dádiva da flor com os outros habitantes do reino. É aí que começo a discordar da abordagem desta versão. A senhora, num gesto de magia, e humildade perante a Natureza, ia até a montanha, onde havia nascido a flor, para cantar à flor mágica uma canção, sem feri-la ou desrespeitá-la, e assim, o poder que emanava da flor a tornava jovem de novo. Então, é passada para as crianças uma ideia de que devemos compartilhar as coisas boas que temos com as pessoas. Até aí, tudo bem. Porém, quando a rainha, que está grávida, fica doente, o povo, que ama o casal real, e soldados saem em busca da tal flor.
    Ao invés de levar rainha, com cama e tudo o mais até a montanha, eles apenas retiram a flor do solo, e, ao invés de plantá-la, fazem com ela um belo de um chá!

    Pausa para a reflexão!

    Pronto. O que assisti, então, contradisse toda a narrativa anterior, na qual a velhinha era egoísta, por não compartilhar a flor. O que os monarcas fizeram, então, foi um homicídio, pois mataram a flor e, de quebra, privaram a senhora mística dos dons da plantinha. A meu ver, a "moral da história" que fica pairando nas cabecinhas pequenas, é de que, usar em segredo, se você for pobre, algo muito bom, e não dividir, é errado. Mas, os ricos, os que têm tudo, e mesmo às vezes são privados de sua saúde, podem desmatar, matar, e pegar só para si, permanentemente, o que quer que seja, sem que devam ser punidos ou incomodados por isto.
    Na história, este é o fato desencadeador para que a senhora roube Rapunzel do castelo, e prive seus pais dela, assim como ela havia sido privada da flor mágica. Porém, o que me chateou é que somente a velhinha fica vilanizada no final da história, e, como em todo bom conto de fadas, ela morre, no final, e a realeza fica viva e feliz para sempre.
   Ademais, o desenho é bem divertido para assistir com os pimpolhos. Uma parte que achei muito engraçada foi a da canção sobre se ter um sonho, dentro de uma taverna cheia de homens "valentões", mas que mostram ter uma interior humano e cheio de sonhos na vida! Meu pequeno deu muita risada com as cenas do cavalo e prestou bastante atenção. Um bom entretenimento!

PS: Para mães de meninas, é uma boa opção para se refletir a respeito do sentimento de posse que às vezes é exercido pela mãe e a vontade de liberdade que surge na (pré) adolescência das pequenas!



sábado, 26 de abril de 2014

Canção de co-autoria

Chicletinho, chicletinho, chicletinho,
meu felhinho...
Chicletona, chicletona, chicletona,
minha mãezona*...



*versão original é "mamãe", a pedido do autor!

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sexta-feira: diversão e disciplina

  

 Sextas são um alívio! Até meu pequeno gosta delas, por causa da disciplina que estabelecemos para o horário de dormir. Quando é dia "normal", combinamos que ele não poderia dormir na sala, vendo desenho, para que ele pegue no sono rápido, e não transforme a hora de dormir de todos os dias em diversão! Assim, ele já aprende que para tudo tem hora certa! No começo ele achou ruim, fez birra, mas, hoje, ele já está pra lá de acostumado com a regrinha, e ele mesmo me pergunta às vezes "Mãe, hoje é sexta?" Hehe, acho uma graça!

Fica a dica para as mamães que trabalham, ou mesmo as que ficam em casa, pois assim, as crianças começam a construir uma noção de disciplina, respeito e tempo, quando ficam na expectativa de que chegue logo um dia de que gostam!

Bom fim de semana!

Nasce um blog!

   Nada mais fantástico do que ser mãe. Este blog é voltado a publicações de textos sobre minha experiência nesse "campo", para compartilhar os devaneios e desafios dessa fase tão especial e cheia de pequenas surpresas diárias! Nada mais rico do que a vida como fonte de inspiração!